segunda-feira, 21 de junho de 2010

Causa da deterioração cognitiva durante o envelhecimento

Um estudo recentemente publicado na revista Journal of Neuroscience demonstrou que as espinhas neuronais vão-se esgotando à medida que se envelhece, conduzindo à deterioração cognitiva na zona do cérebro implicada na aprendizagem. Os resultados foram obtidos a partir de uma análise feita com macacos - seis jovens adultos e nove com mais idade - que participaram numa prova de resposta adiada.
Num primeiro momento, Os macacos viam um alimento, sendo que, depois, lhes era colocada uma venda para que não pudessem ver a localização da recompensa que estava escondida. No início da prova, os macacos foram capazes, de forma imediata, de encontrar a recompensa. A memória destes macacos era posta à prova, sempre que o tempo que a recompensa estava escondida aumentava.

Os macacos mais velhos obtiveram resultados bastante piores nas provas, comparativamente com os macacos jovens, especialmente quando os intervalos de tempo eram maiores. Utilizando técnicas de microscopia, observou-se que os macacos mais velhos careciam de espinhas estreitas, muito embora conservassem as espinhas maiores, indicando que a perda destas espinhas poderá ser responsável pela incapacidade dos macacos de aprender e reter informação durante a prova.

Journal of Neuroscience, 2010
Dumitriu D, Hao J, Hara E, Kaufmann J, Janssen WGM, Lou W, et ao.


Abraço Fraterno!

Contactos
Av. da República, 2503, 3º andar, sala 33, 4430-208 V.N.GAIA
Campo 25 de Abril, 282 1º andar, sala 9, 4750-127 BARCELOS
Gabinete Atendimento Médico (empreendimento Mistério dos Sonhos) Rua cândido Reis, nº 411 AMARANTE
Tel.: 220 144 606
Tlm.: 919 879 957

sábado, 12 de junho de 2010

Transtornos do controlo de impulsos em doentes de Parkinson

Os resultados de um estudo transversal revelaram que os transtornos do controlo de impulsos (TCI), que incluem condutas como a ludopatia, impulsividade em comprar e comer ou a hipersexualidade, estão presentes em, aproximadamente, 14% de todos os pacientes com doença de Parkinson (EP). Esse número eleva-se a quase 17% naqueles que são tratados com um agonista da dopamina, tratando-se de uma percentagem 2 e 3 vezes maior do que naqueles que não tomam o agonista.

Os quatro comportamentos anteriormente descritos parecem verificar-se com frequência e em percentagens similares, seja com pramipexol ou ropinirol, que são os agonistas da dopamina mais comummente prescritos. Existe também uma relação entre o tratamento com levodopa e um risco maior destas condutas, se as doses forem superiores e não menores. Os resultados sublinham que os doentes de Parkinson devem ser avaliados com base numa série de sintomas de Transtornos do controlo de impulsos, e que essa avaliação deve fazer parte do seu atendimento clínico de rotina.

Archives of Neurology, 2010
Weintraub D, Koester J, Potenza MN, Siderowf AD, Stacy M, Voon V, et al.


Abraço Fraterno!


Contactos
Av. da República, 2503, 3º andar, sala 33, 4430-208 V.N.GAIA
Campo 25 de Abril, 282 1º andar, sala 9, 4750-127 BARCELOS
Gabinete Atendimento Médico (empreendimento Mistério dos Sonhos) Rua cândido Reis, nº 411 AMARANTE
Tel.: 220 144 606
Tlm.: 919 879 957

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Flutuações da pressão arterial relacionadas com sinais de aumento de doença cerebrovascular

Um novo estudo vem demonstrar que não somente a pressão arterial (PA), mas também as flutuações a longo prazo da PA estão associadas a uma maior incidência de hiperintensidades da matéria branca e de enfarte cerebral. Os resultados, publicados na revista Arquives of Neurology, mostram que a pressão sanguínea elevada e as flutuações da pressão arterial, com o tempo, podem conduzir a doenças cardiovasculares, seja directamente através da aterosclerose ou, indirectamente, por afectar a auto-regulação cerebral.

Neste estudo, examinou-se a associação de PA e das suas flutuações a longo prazo, com as medidas das doenças cardiovasculares, incluindo o volume de hiperintensidade na matéria branca e a presença de enfartes cerebrais. Para isso, realizou-se uma ressonância magnética a 686 adultos, com mais de 65 anos e sem demência. Comparando-os com os indivíduos com uma baixa PA e com baixa flutuação da PA, o risco de doença cerebrovascular aumentava linearmente com o valor de PA e as flutuações da PA.

Dado que as doenças cerebrovasculares se associam com incapacidade, estas descobertas sugerem que as intervenções devem centrar-se na pressão sanguínea elevada e nas flutuações de PA, a longo prazo.

Arquives of Neurology, 2010
Brickman AM, Reitz C, Luchsinger JA, Manly JJ, Schupf N, Muraskin J, et al.


Abraço fraterno!



Contactos
Av. da República, 2503, 3º andar, sala 33, 4430-208 V.N.GAIA
Campo 25 de Abril, 282 1º andar, sala 9, 4750-127 BARCELOS
Gabinete Atendimento Médico (empreendimento Mistério dos Sonhos) Rua cândido Reis, nº 411 AMARANTE
Tel.: 220 144 606
Tlm.: 919 879 957