quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A Coragem


Muitas vozes se têm erguido clamando o senso de justiça. Mas, enquanto as vozes clamam, a ação não surge, isto porque as energias se vão canalizando para sentimentos de revolta e para um barulho ensurdecedor que vozes silenciosas emanam e que toldam a lucidez e o discernimento. Não resta então mais a energia necessária para fazer frente às contrariedades, no sentido de buscar soluções adaptativas à força que se alberga nos corações.

Este é o foco de atenção para o qual nos voltamos e onde está inserido um dos valores ou virtudes, como lhe queiram apelidar, mais nobres contidos na anatomia da alma: A Coragem.

Instrui-se afluir que a coragem em nada se assemelha ou se identifica a arremessos de força física, verbal ou comportamental. Poderemos insinuar, sim, que a coragem também ela é uma forma de atitude provinda do interno do ser humano, daquele núcleo que comanda a forma física, mas que adivinha caminhos condutores à essência mais profunda ou seja, o coração.

Tido como verdadeiro, os sentimentos crescem, alimentam-se e são mantidos no coração, sentimentos estes dos mais nobres que se clama. Não se confunda com os sentimentos racionais construídos e alimentados pela mente, sendo que esta mente tem a grande capacidade de os distorcer em função da condição em que cada ser humano se coloca.

À razão da coragem, nesta insere-se a capacidade de o homem se identificar na sua humilde grandiosidade, de ouvir a voz do coração, de controlar a impulsividade da palavra e do ato, de saber aguardar calma e sabiamente. Tudo isto o ser humano tem e encontra dentro de si. Há apenas que empreender na sua busca, o que por si só já é um ato de coragem.

Quando a atitude deriva do coração, não há manifestação de dano para lado algum, porque todos os estados de espírito que provêm desse núcleo são imbuídos de uma atmosfera límpida e respirável e em que todos os circundantes a podem inalar sem prejuízo aos seus vários estados e vertentes de saúde. Desta feita, ao ser a coragem uma forma de atitude invólucra pelo coração, nenhum ato de coragem está dependente, nem subjacente a manifestações de força racional.

Neste mundo vivente, o momento a que se apela é precisamente de coragem: coragem de compreensão, coragem de resiliência, coragem de serenidade, coragem de se manter grato, coragem de ser solidário, coragem de compaixão, coragem de perdão…Nesta coragem não se oculta qualquer posto de cobardia, e com certeza que a energia e vibração que vai emantar para o universo será uma energia de cura, de abundância e de amor, que o universo, num ato de corajosa gratidão, se encarregará de lhe retribuir.

Este composto é um escrito para reflexão.

Abraço Fraterno!

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